IN MEMORIAM

 " A morte é a coisa mais segura e firme que a vida inventou até agora. "
 " A morte é de facto o fim, no entanto não é a finalidade da vida."
" Tudo em nós é mortal, menos os bens do espírito e da inteligência."
 " A vida é o princípio da morte. A vida só existe em função da morte. A morte é acabar e começar ao mesmo tempo, separação e união mais estreita consigo mesmo."
OS MEUS PAIS
O meu pai - Joaquim Ferreira Vilar - Faleceu em 13/06/1956, com 29 anos de idade, vítima de acidente de trabalho na ex-CUF (Barreiro).
A minha mãe - Maria Augusta da Silva Dória - Faleceu em 14/05/2011, com 77 anos de idade, no estado de viúva.
Joaquim Ferreira Vilar foi casado com Maria Augusta da Silva Dória.

Filho: Manuel Dória Vilar
Pai
Joaquim Ferreira Vilar

Nascimento: 06.09.1928
Falecimento: 13.06.1956
Naturalidade: Colo de Pito
Freguesia: Monteiras
Concelho: Castro Daire
Distrito: Viseu
Mãe
Maria Augusta da Silva Dória

Nascimento: 28.07.1933
Falecimento: 14.05.2011
Naturalidade: Colo de Pito
Freguesia: Monteiras
Concelho: Castro Daire
Distrito: Viseu

Em 14 de Maio de 2011, faleceu - Maria Augusta da Silva Dória.
Em 15/05/2011, pelas 09:30 Horas, realizou-se missa de corpo presente, na Igreja Matriz das Monteiras, presidida pelo pároco - P. Dr.  P. José Alfredo Gonçalves Patrício, coadjuvado pelo Pe. Policarpo, o.s.b. e Pe. Paulino, os.b., monges beneditinos, ambos do Colégio de Lamego. Finda a missa realizou-se o funeral para o cemitério das Monteiras.

OS MEUS AVÓS MATERNOS

Avô - José Ferreira Dória

Cemitério das Monteiras

José Ferreira Dória

Nascimento - 03/07/1908
Óbito - 24/12/1979

 

 

 

 

Avó - Prazeres da Silva Fidalgo
 
Faleceu em 2 de Junho de 1943, em consequência de complicações do parto de onde nasceu a bébé - Maria da Conceição Silva Dória,  nascida em 15/02/1943, que apenas sobreviveu cerca de 2 meses, após o falecimento da sua mãe.

Foi casada em primeiras núpcias com Joaquim Rodrigues, irmão do meu avô José Ferreira Dória.
 
 

José Ferreira Dória, nasceu em Colo de Pito, em 3 de Julho de 1908, filho de Bernardino Ferreira César Dória e de Margarida Rodrigues.

Faleceu, em Colo de Pito, após doença prolongada, em 24 de Dezembro de 1979, estando sepultado no cemitério de Monteiras. ( foto acima )

Casou em primeiras núpcias com Prazeres da Silva Fidalgo ( 07/06/1932 - 02/06/1943), a qual viria a falecer em 2 de Junho de 1943, em consequência de complicações do parto de onde nasceu a bébé - Maria da Conceição Silva Dória, nascida em 15/02/1943, que apenas sobreviveu cerca de 2 meses, após o falecimento da sua mãe.

Deste casamento teve 5 filhos, respectivamente, Maria Augusta da Silva Dória, Joaquim da Silva Dória, António da Silva Dória ( D.N. 08.03.1935 - falecido em 17.12.2002 - foto acima ), Manuel da Silva Dória e Maria da Conceição ( nascida e falecida em 1943, com cerca de 2 meses de idade ).

            Casou, posteriormente, em segundas núpcias com Maria do Rosário, 10 de Novembro de 1945, não tendo filhos deste casamento.

Teve 19 netos, um dos quais eu ( Manuel Dória Vilar ) e que muito me orgulho de pertencer. - Foto abaixo

 - 11 filhos de António da Silva Dória ( Odete, José, Jorge, Dolores, Suzete, Prazeres, Ofélia, Paula, Georgina, António José (Tó Zé) e Guida )

- 1 filho de Maria Augusta da Silva Dória ( Manuel Dória Vilar )

- 5 filhos de Joaquim da Silva Dória ( Maria Albertina, Maria Graciosa, Maria Leonilde, Célia Maria e Maria Antonieta )

- 2 filhos de Manuel da Silva Dória ( Lina e Ana Isabel )

© - Manuel Dória Vilar ( 2007)


Homem ilustre, industrial, comerciante de cereais e benfiquista. Embora as suas habilitações literárias de resumissem à 3ª classe antiga, sabendo ler e escrever, tinha um enorme poder de oratória que cativava pela sua profundidade e clareza. Dizia-se - era um homem sabedor e com conhecimentos.

Fruto do seu conhecimento, verticalidade e frontalidade, desempenhou os mais diversos cargos administrativos e políticos, a nível regional e nacional, tendo sido representante da União Nacional. Destacou-se como Presidente da Junta de Freguesia das Monteiras, com várias iniciativas, sendo um homem respeitador e respeitado.

 

Fontanário água corrente

Fontanário inaugurado em 09-10-1945

Rua Central junto ao tanque

Por sua iniciativa, conseguiu o abastecimento de água corrente em Colo de Pito, desde a nascente ao Rêgo, onde foi construído o magnífico e ex-libris, ainda que austero, fontanário de duas bicas e três tanques que, ainda hoje, são o orgulho de toda a povoação.

Fontanário actual, com 3 tanques ( Maio 2006 )

Foi também o responsável inicial pelo telefone público e correio, fazendo, inclusivé, a sua distribuição em toda a Freguesia de Monteiras e Cujó. O correio chegava na carreira da manhã proveniente da estação central dos correios de Castro Daire e posteriormente era de imediato distribuído, primeiro em Colo de Pito, logo a seguir nas Monteiras, de seguida em Cujó e por último na Relva onde também ficava o correio dirigido para as Carvalhas. Durante vários anos, esta distribuição postal era realizada a cavalo devidamente arreado com dois sacos dos correios colocados em  cada lado da albarda. A distribuição durava toda a manhã até cerca das 13:00 H. A distribuição do correio era diária e regular, apenas interrompida em dias de neve intensa em que era impossível transitar nas ruas e caminhos das diversas aldeias

Foi a primeira pessoa a possuir um aparelho de rádio. O primeiro funcionava a a bateria e era o único existente em toda a Freguesia. Na década de 60 / 70, as pessoas da povoação de Colo de Pito e aldeias próximas, deslocavam-se, propositamente, a Colo de Pito, para acompanhar em sua casa, via rádio, as principais comemorações de N. Sra de Fátima ( 13 de Maio, 13 de Agosto e 13 de Outubro ).

Várias personalidades políticas e religiosas, frequentavam, assiduamente, a sua casa, destacando-se, de entre outros, o Presidente da Câmara Municipal, Bispo da Diocese de Lamego e o sacerdote ( pároco ) Padre Anselmo - que era uma personalidade emblemática na Igreja local, onde pelas 07:00 Horas da manhã de cada Domingo celebrava a missa na Igreja das Monteiras e outras paróquias vizinhas.

O P. Anselmo destacava-se sobretudo pela sua enorme competência, confessor e pregador e exigência religiosa a todos os paroquianos. Grangeou fama, temor e respeito de toda a população ao longo de vários anos, dado o seu elevado rigor na condução de todos os aspectos religiosos na Paróquia. Desde a sua presença em actividades locais, celebração da missa, catequese, casamentos, baptizados e funerais, o P. Anselmo era uma figura ímpar de prestígio e honra. Por vezes as suas iniciativas e exigências eram mal interpretadas por alguns paroquianos que o criticavam e reagiam em surdina mas no momento certo estavam presentes e a prestar toda a sua colaboração.

Temos notícias que apesar da sua actual idade rondar os mais de 80 anos, e segundo as últimas informações ( Agosto de 2008 ), reside na localidade de Parada de Ester, Concelho de Castro Daire. Enquanto o meu avô se reunia aos Domingos a seguir à missa, em reuniões de trabalho, com o P. Anselmo, na casa oficial onde residia mesmo ao lado da Igreja das Monteiras, onde morava com a sua sobrinha Guidinha, o seu neto (eu ), ia apreciando alguns dos saborosos morangos ali plantados no quintal. Tenho a certeza que sabiam desse pormenor mas nunca me disseram nada. Aliás, bastavam olhar para a camisola cravada de nódoas para logo se aperceberem que por ali passaram e caíram alguns dos saborosos frutos. A técnica era simplesmente desbastar alguns dos morangos sem deixar grandes clareiras. Mas diga-se, sem exagero, era mesmo só um ou dois morangos e dos mais vermelhinhos.

José Ferreira Dória, tinha o especial dote para motivar as pessoas para em conjunto arranjarem os caminhos, poças, levadas, etc.. Dessa forma foram construídas as estradas que hoje ligam o povo à Estrada Nacional nº 2, na direcção de Castro Daire e às Monteiras, pelo Torrão.

Desenvolveu a sua principal actividade como comerciante de compra e venda de cereais, nomeadamente, milho, centeio, feijão, erva (para semear centeio ), palha de centeio - para a indústria vínicola de champanhe e vinho espumante, usual na protecção de garrafas (capotas de palha), usadas até à década de 80, tendo posteriormente desaparecido tal uso comercial.

Por Manuel Dória Vilar


Acácio Monteiro

Acácio Monteiro - Nasceu, viveu e faleceu em Colo de Pito.

         Era o homem dos sete ofícios. Na realidade, além da agricultura, que parece nunca ter sido da sua preferência, foi taberneiro, tamanqueiro, moleiro, apicultor, carpinteiro, tractorista  e matador de porcos.

         Tinha jeito para tudo. Até de saltimbanco fazia com piruetas e pinos, no selim de uma bicicleta em andamento. Tocava diversos instrumentos, como concertina e acordeão. Também desempenhou funções oficiais, por exemplo, Cabo de Ordens.

         Mas, no que se sobressaiu, foi na sua generosidade e altruísmo. Além dos favores e ajudas particulares, que praticou, foi o enfermeiro de todo o povo, sem receber um tostão. Teve que ensinar a sua esposa, tia Maria do Carmo, a dar injecções, para deixar de as ter que dar a si próprio. Em boa hora o fez, pois passou ela também a fazer esse favor ao povo, além de ter sido a parteira que ajudou a nascer muitos dos nossos conterrâneos.


O meu padrinho Cemitério das Monteiras António da Silva Dória ( D.N. 08.03.1935 * 17.12.2002 )
António da Silva Dória
Filho de José Ferreira Dória e de Prazeres da Silva Fidalgo.
Era irmão de Maria Augusta da Silva Dória, Joaquim da Silva Dória,  Manuel da Silva Dória e Maria da Conceição ( nascida e falecida em 1943, com cerca de 2 meses de idade ).
Era casado com Adélia Silva e pai de 11 filhos.
Agricultor. Comerciante de cereais. Sucedeu nos negócios ao seu pai.
Era o meu padrinho de batpismo e um homem por quem eu sempre nutri um carinho muito especial.
Foi o meu apoio desde criança até à idade adulta e por aí fora. Tinha um grande orgulho pelo afilhado e que era recíproco da minha parte.
 
 
 
 

Mário Cardoso faleceu em 10/5/2009.
Maria da Glória, faleceu em 9/06/09 ( 1920 - 2009 )
Albano Pereira faleceu em 18/7/2009.

PERSONALIDADES

P. Fr. Jerónimo Amador – Nasceu em Colo de Pito e aí viveu a sua mocidade. Foi a pé, de tamancos, para o Porto, onde serviu como criado num convento dos Franciscanos. Teve permissão para, após os trabalhos, assistir às aulas dos alunos. Acabou por se formar, sendo ordenado padre e tendo sobressaído como pregador. Chegou a ser o reitor de um dos maiores conventos/casas de formação dos Franciscanos. Contam-se dele muitas histórias, quer jocosas, quer de solidariedade com os mais carenciados. Esteve em Colo de Pito quando houve uma aurora boreal, acalmando os seus conterrãneos, pois pensava-se ser um prenúncio do fim do mundo. Ofereceu os quadros da Via Sacra à capela de Colo de Pito, que em tempos foi dedicada a Stª Bárbara e hoje é da Srª da Saúde.

    Faleceu com fama de santidade.


          Tio Valentim – Nasceu no Custilhão, mas viveu, grande parte da sua vida, e faleceu em Colo de Pito. Trabalhador, respeitador e amigo de ajudar os outros, foi o responsável pela introdução, em Colo de Pito, das videiras e árvores de fruto (pomar). Até aí, os habitantes consideravam a terra fria e desabrigada demais para essas culturas, próprias de terras mais quentes.

           Por Delfim Luiz


Texto e fotos: Copyright ®  Manuel Dória Vilar


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